segunda-feira, 19 de maio de 2008

Flores a uma abelha


Tenho uma amiga muito especial. Não é só pelo fato de ser minha amiga( pois bem sabemos, todos os amigos já são seres especiais por si só). Esta minha amiga é especial por ser uma abelhinha. E como todas as abelhinhas ela trabalha muito. Acorda bem cedinho, junta seu material de trabalho e vai buscar , entre as flores de Foucalt e Bourdieu, o cobiçado polén do qual faz seu precioso e curativo mel. A minha amiga abelhinha , busca fazer todos os dias, do néctar de seus estudos, um poderoso própolis que ademais de entender as verdadeiras enfermidades dos jovens de hoje, também serve como proteção para que estes males não aconteçam.

Mesmo com tanto trabalho, esta abellha zumbe encantadoras canções pelos ares enquanto trabalha. E que linda voz tem a minha doce abelhinha! Acompanhada de acordes que experimentam as mais lúdicas - e as vezes lúbricas - sensações d'alma, enche nossos ouvidos com seu leve e suave canto , capaz de encher de luzes os corações mais empedernido.

Minha abelhinha também é dona de uma fé delicadamente direcionada pelos nortes da razão e afavelmente adornada pelos manifestos da arte.

Não bastasse tudo isso, esta abelhinha tem o bom gosto de ser flamenguista.

Bom. Isso tudo faz esta doce abelhinha. Isto tudo é esta doce abelhinha.

O problema é que minha doce abelhinha, por desígnios superiores, aos quais ninguém foge, foi convocada a lutar pela sua colméia. De doce abehinha a brava guerreira foi obrigada a defender seu palácio de favos, Alhambra exótica de mouros amante, do pálido e aterrorizante orc da solidão. Lástima que a abelhinha não percebeu que confiou seu mais precioso tesouro nas mãos de um zangão pouco confiável: o Covardia. Covardia, ao contrário da minha doce abelhinha, não se importa com os favos de Alhambra, pois as lacunas transparentes,não inspiram segurança e comodidade e os escritos mouros deliciosos de olhar, são difíceis de ler. (Há que dizer , que Covardia também é meio preguiçoso).

Covardia se viu com o tesouro nas mãos. Não sabia como defender-lo. Deixou-o exposto ao ataque orc.

Pobre abelhinha, que com guerreira vontade tentou sozinha, usando seu pequeno ferrão como espada. Alhambra está sendo tomada. E o orc é grande demais pra forças da doce abelhinha. Ela se sente cansada. Doem-lhe os pés , as panturrilhas e os joelhos. A doce abelhinha ainda não se deu conta que o que esta sujo de sangue, é somente seu digno ferrãozinho. Porque a espada que ela empunhou foi a da verdade. E esta , digna e humanamente usada, não se mancha nunca.

Os guerreiros , ahhh...este não sabem muito o que lutar com dignidade tendo nas mão um simples ferrãozinho. Não sabem que a verdade empunhada é mais forte que suas espadas todas , e faz de um simples ferrãozinho uma arma de majestoso estrago. Covardia que o diga!

O que realemnte quero dizer com tudo isso, é que agora Abelhinha se da conta que o seu Alhambra, que gaurda seu mais precioso tesouro, é somente seu. Ela agora só ve os guerreiros, mas, na hora que as lágrimas secarem, verá, o batalhão de outras abelhinhas que a estão a carregar. Agora a dor adormece os músculos, e ela não pode perceber que esta sendo carregada nos braços da abelha rainha. Ela não pode ver definidamente as flores que estão no seu caminho, por isso , lhe parece faltar comida. O mar de lágrimas que a doce abelha vê, não a deixam vislumbrar o horizonte cheio de calor com sol do outro lado do oceano.

E eu? Eu queria ser meio Moisés agora, pra abrir no meio este mar pra ela poder passar. Queria ser meio pastor pra protejá-la dos lobos e apascentar suas angústias. Queria ser meio santa pra milagrear seu sorriso de volta. Mas eu também não sou mais que outra abelhinha. Uma outra abelha que não sabe cantar, não consegue colher tantas flores sociais, mas uma abelinha mãe. Se existe uma coisa que mãe sabe, é por filho no colo e acalentar. Mesmo desafinada, mãe sabe ninar. Também sou abelha amiga, dessas que chora junto e reparte a dor. Como sou meio gordinha, também posso me fazer como o elefantinho da história e tentar te atravessar por este salgado mar que te invade. E com estas mal traçadas e temerárias linhas, posso te oferecer as flores de meu profundo e intenso bem querer.

Assim, abelhinha amiga, estamos aqui pra voar. Pra buscar flores, quizas mais belas e perfumadas em outros lugares. Quem sabe lugares prateados de fala distinta? Quem sabe cidades do Lácio de fala divina? Quem sabe? O sonho de princesa abelha não pode morrer afogado num mar jocoso de desilusões. Ao fim e ao cabo, a princesa, se prepara sempre, para ser rainha. Abelha - rainha. E a rainha, flores aos pés.





Para uma amiga

Que sabe que o mel da vida

Esta além das aparências

Onde tudo é confluência

Onde a inspiração com Vivência

Faz mais leve o caminhar.




Veronica Cabral de Oliveira

19/05/2008





Música:

Amiga Mía

Alejandro Sanz

Composição: Alejandro Sanz

Amiga mia, lo sé, sólo vives por él,

Que lo sabe también, pero él no te ve

Como yo, suplicarle a mi boca que diga

Que me confesado entre copas

Que es con tu piel con quien sueña de noche

Y que enloquece con cada botón que

Te desabrochas pensando en su manos.

Él no te ha visto temblar, esperando

Una palabra, algún gesto un abrazo.

Él no te ve como yo suspirando,

Con los ojitos abiertos de par en par,

Escucharme nombrarle.

!ay, amiga mía! lo sé y él también.

Amiga mía, no sé qué decir,

Ni qué hacer para verte feliz.

Ojalá pudiera mandar en el alma o en la libertad,

Que es lo que a él le hace falta,

Llenarte los bolsillos de guerras ganadas,

De sueños e ilusiones renovadas.

Yo quiero regalarte una poesía;

Tú piensas que estoy dando las noticias.

Amiga mía, ójala algún día escuchando mi canción,

De pronto, entiendas que lo que nunca quise fue contar tu historia

Porque pudiera resultar conmovedora.

Pero, perdona, amiga mía,

No es inteligencia ni es sabiduría;

Esta es mi manera de decir las cosas.

No es que sea mi trabajo, es que es mi idioma.

Amiga mía, princesa de un cuento infinito.

Amiga mía, tan sólo pretendo que cuentes conmigo.

Amiga mía, a ver si uno de estos días,

Por fin aprendo a hablar

Sin tener que dar tantos rodeos,

Que toda esta historia me importa

Porque eres mi amiga.

(tradução)

Amiga minha, eu sei, que só vives por ele

E ele o sabe também, mas ele não te vê

Como eu suplicar à minha boca que diga

O que confessou entre taças:

Que é com sua pele que sonho à noite

E que enlouqueces com cada botão que

Me desabotuas pensando em tuas mãos

Ele não te viu tremer, esperando

Uma palavra, algum gesto ou um abraço.

Ele não te vê como eu suspirando

Com os olhinhos abertos de par em par,

Escutá-lo nem chamá-lo

Ai amiga minha eu sei e ele também!

Amiga minha não sei o que dizer

Nem o que fazer para te ver feliz.

Se ao menos pudesse mandar na alma e na liberdade,

Que é o que lhe faz falta,

Encher seus bolsos de guerras ganhadas,

De sonhos e ilusões renovadas.

Eu quero te dar uma poesia;

E você pensa que estou dando notícias.

Amiga minha tomara que algum dia escutando minha canção,

De repente, entendas que nunca quis contar

Sua história Porque poderia ser comovedora.

Mas me perdôe, amiga minha,

Não é inteligência nem sabedoria;

Essa é minha maneira de dizer as coisas.

Não é que seja o meu trabalho, é meu idioma.

Amiga minha, princesa de uma história infinita.

Amiga minha, somente pretendo que contes comigo.

Amiga minha, vai ver que um desses dias,

finalmente aprendo a falar

sem ter que dar tantas voltas

que toda essa história me importa

porque você é minha amiga





e para que minha doce amiga abelhinha possa disfrutar da também doe vos de Alejandro Sanz:





2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não trago-lhe tantas palavras.
    Só o silêncio de uma lágrima sincera e grata, que me santifica e me dá mais vida.
    Amo vc, minha amiga e mãe. Obrigada. Por tudo.

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